O Blog Maternagem & Cia faz um alerta sobre o AVC Infantil


A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo alerta para o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em crianças. Apesar de ser um problema que acomete, na maior parte dos casos, pessoas adultas, há risco também para os pequenos. Nos últimos anos houve um alarmante aumento de casos de AVC Infantil. Para alertar profissionais da saúde e educação, pais e demais interessados, o nosso blog pesquisou e vai passar todas as informações importantes sobre o assunto.

Você sabia que AVC em bebês, crianças e adolescentes existe e é uma das 10 principais causas de morte desta faixa etária?! O AVC ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para determinada área do cérebro, provocando um infarto ou hemorragia. Em 90% dos casos algum membro do corpo pára de funcionar. Os sintomas mais freqüentes são: diminuição da força muscular, que pode ser localizada ou generalizada, perda da consciência, defeito no campo visual, dificuldade na fala, dor de cabeça, convulsão, entre outros.

A Dra. Regiane Souza Neves que é uma de nossas parceiras no blog, lembra que os efeitos podem levar a criança a sequelas que vão desde leves às mais profundas.

"O AVC infantil deve ter o diagnóstico no momento em que os primeiros sinais se apresentam. O tratamento (processo de reabilitação), por sua vez, também precisa ser iniciado rapidamente. O AVC infantil ocorre em crianças de 1 a 19 anos de vida. Porém, crianças abaixo de um ano também podem sofrer o AVC, especialmente bebês que estão nascendo e enfrentam algum quadro de complicação no parto, como algum distúrbio que cause uma falta de sangue no cérebro da criança. Vale lembrar que existem diferenças pontuais entre o AVC infantil e o derrame (AVC) sofrido pelos adultos. Não existe prevenção para o AVC na população infantil. Algumas crianças fazem parte do grupo de risco para o AVC, como portadores de doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias das artérias, malformação de vasos sanguíneos cerebrais, anemias falciformes, doenças autoimunes, traumas cranianos são algumas das causas do derrame na infância. E atenção: dor de cabeça em crianças também pode ser um sinal de alerta para os pais e que precisa de acompanhamento médico rápido", afirma a Dra. Regiane Souza Neves que deixa algumas dicas que antecedem o atendimento médico.

Para ela, uma maneira de saber identificar os sinais dos sintomas do AVC é se lembrar de algumas dicas para providenciar o socorro necessário e saber se a criança responde aos estímulos. Vale ressaltar que o esquema abaixo é usado também para que pais e responsáveis tentem perceber com rapidez se há indício de um sintoma mais agudo.

  • S – Sorria (ao sorrir, a criança pode apresentar paralisia facial de um lado do rosto);
  • A – Abrace (para ver qual lado dos membros da criança está paralisado);
  • M – Música (para ver se houve alteração de fala, com dificuldade);
  • U – Urgência (ligar para o serviço de atendimento de urgência o mais rápido possível).

"As dicas acima são destinadas para profissionais da saúde, da educação, cuidadores, pais e responsáveis que convivem com crianças e adolescentes. Nunca se esqueça que os telefones do médico e do serviço de urgência devem estar em um fácil acesso. Não deixe de levar sua criança ao hospital em qualquer possibilidade da ocorrência do AVC. Além desses sintomas mais agudos citados acima, a criança pode ter sensação de fraqueza, alteração de fala, visão dupla, crises convulsivas, perda da coordenação motora, dor de cabeça e tontura. O AVC ocorre ao mesmo tempo em que os sintomas acontecem. Então, a criança precisa ser levada imediatamente para o socorro necessário. O processo de reabilitação pode ser bastante eficaz, uma vez que o cérebro infantil ainda está em desenvolvimento e muito mais aberto a recuperação. Os profissionais que podem auxiliar na reabilitação são: psicomotricista, neuropsicopedagogo, neuropsicologo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, claro que eles serão indicados dependendo do tipo de sequela", conclui a Dra. Regiane Souza Neves.


Dra. Regiane Souza Neves
Doutora e mestra em Psicanálise, Neuropsicopedagoga, Psicopedagoga, Psicomotricista, Neuropsicóloga. Especialista em Educação e Desenvolvimento Humano. Para saber mais acesse: www.regianesouzaneves.com.br

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